MONSTRO DE BRAGANÇA – SEBASTIÃO ORELHUDO

 MONSTRO DE BRAGANÇA – SEBASTIÃO ORELHUDO


Fizemos um vídeo completo em nosso canal do Youtube:




Introdução: Nas primeiras décadas do XX. A região de Bragança Paulista no estado de São Paulo se destacava como grande produtora de café, com a população composta em sua maioria com imigrantes estrangeiros, principalmente italianos.



Porém, também se destacavam no setor da pecuária, principalmente suinocultura, produzindo deliciosa iguarias, inclusive a cidade foi consagrada nacionalmente como a 'Terra da Linguiça'.


Além disso a região bragantina estava conectada aos eixos ferroviários do estado a partir de 1884, com a inauguração da Estrada de Ferro Bragantina que teve o encerramento das atividades ferroviárias em 1967, quando o meio rodoviário ganhou espaço.



E foi nesse meio que ocorre um maior fluxo migratório, principalmente depois de 1929, onde diversas famílias de Minas Gerais buscavam nessa cidade uma melhora de vida, onde dedicaram-se às atividades em diversos setores de serviços e no comércio.


Logo a cidade se tornou um importante centro comercial para diversos produtos e principalmente o fumo de corda e o café.


E em meio a esse período que nasce aquele que seria conhecido como Sebastião Orelhudo que aterrorizaria toda Bragança Paulista ficando conhecido como o MONSTRO PAULISTA.



Sebastião Antônio de Oliveira, em outubro de 1915, outras fontes apontam para 1916. Já que o mesmo não possui registro de nascimento em cartório.

 

Natural de Tuiuti, sendo em 1903 o 1º Distrito de Bragança Paulista.  Posteriormente emancipado em 1991 sendo município de São Paulo.

 

Magro e com orelhas de abano logo recebeu um apelido de orelhudo. Possuía 10 irmãos.

Veio de família bastante humilde, composta por um pai alcoólatra que espancava severamente os filhos.

 

Principalmente Sebastião que apresentava desde pequeno problemas psiquiátricos.

 

Ainda menino frequentou a escola até o terceiro ano primário, tinha dificuldades na escrita, sem muita noção de espaço.

 

Até que quando o guri completou 10 anos de idade o pai acabou falecendo de úlcera estomacal.

 

Para ajudar a ajudar a família, passou a trabalhar na área rural de Bragança, junto com os irmãos. 

 

Sebastião se casou com Angelina Maria de Jesus, os dois trabalharam em duas fazendas, como colonos, na cidade de Amparo, onde Sebastião possuía alguns parentes.

 

Em 1939, o casal possuía dois filhos José e Joel, onde se mudaram para o distrito de Arcadas, onde moraram com uma senhora.

 

Depois passaram a morar em outras fazendas onde trabalhavam conforme tinha emprego, nesse período já nasceu mais duas filhas a Alice e a Edna.

 

A família passava dificuldades, os pais não tinham emprego fixo e ganhavam pouco fazendo trabalho pesado. O casal decide tentar uma vida nova.

 

Indo embora para Campinas em 1946, lá Sebastião trabalhou durante um ano no serviço pesado, na construção da atual Rodovia Anhanguera.

 

Devido ao próprio serviço da estrada foi obrigado a se mudar para Arujá em 1947.

 

Até que no ano seguinte, em 1948, consegue emprego em uma granja na cidade vizinha de Itaquaquecetuba, onde nasceu o quinto filho do casal chamado Geremias.

 

Família maior era preciso buscar recurso para sobreviver, dois anos após estarem ali estabelecidos a família passa a morar com a irmã de Sebastião chamada Deolinda, que residia na zona leste da capital.

 

Onde o pai da família trabalhou como servente de pedreiro, ajudante de produção. Enquanto a esposa Angelina lavava roupas pra fora.

 

Mas em 1950 a família retorna para Amparo, morando na casa de um cunhado, Augusto Domingues, mas lá não conseguem emprego.

 

Diante da situação difícil da família e a instabilidade de Sebastião, se deslocam para Bragança Paulista, onde por caridade um padre que o conhecia consegue serviço pra ele no Colégio São Luiz.

 

Nesse colégio Sebastião trabalha como servente e rachador de lenha.

 

Duas semanas trabalhando ele apresenta uma crise nervosa, onde chega a ser internado na Santa Casa local, perdendo seu emprego.

 

A família desamparada, assim que Sebastião sai da internação voltam para Amparo e pedem abrigo no Asilo de Idosos da cidade.

 

No ano seguinte em 1951, a família deixa o asilo, e voltam a morar com a irmã de Sebastião. Mas semanas depois ele resolve deixar a família para trás.

 

E vira mendigo em Bragança pedindo esmolas em via pública. Quando ele consegue juntar um dinheiro, busca a família na casa da irmã e volta para São Paulo alugando um quarto na Vila Antonina.

 

Neste período Sebastião consegue um posto de faxineiro no Hospital Matarazzo, na Bela Vista.

 

O que faz com que pela primeira vez a família fique estabilizada, ele tinha carteira assinada, 37 anos, tudo certo e tudo bem, sabe-se lá Deus o porque ele pede demissão do hospital ainda em 1953 e deslocou-se até a cidade de Atibaia.

 

E nessa cidade acaba atraindo uma menina de oito anos de idade a um local distante e a violentou sexualmente, a menina quase morta consegue pedir socorro, o que faz com que ele seja preso em flagrante, sendo condenado a prisão em regime fechado.

 

Porém preso começa a apresentar os problemas psiquiátricos que o acompanhavam desde a infância.

 

O que faz com que em 1956 ele seja transferido para o Manicômio Judiciário de São Paulo, na cidade de Franco da Rocha, até 1958. 

 


Mas como apresentava bom comportamento, foi transferido ao Hospital Central do Juqueri, chegando a exercer atividades no setor hospitalar, fazendo curativos.

 

Até que em 1959, Sebastião foge do hospital e vai visitar seu irmão Nicanor em Amparo.

 

Saindo da casa do irmão procura a família que residia na Vila Califórnia, distrito da Vila Prudente. Ali Sebastião apresenta problemas estomacais, é operado de uma úlcera no Hospital das Clínicas da cidade, por consequência fica com uma cicatriz grande na barriga.

 

Sem condições de trabalhar, ele retira os filhos da escola e volta para o interior, vagando com sua esposa e as crianças por diferentes cidades: Campinas, Jaguariúna, Amparo, Mogi Mirim.

 

E nessas andanças ele não podia trabalhar, ele avança em uma de suas próprias filhas para estuprá-la.

 

A menina grita, até que a esposa Angelina, a mãe da criança ouve os gritos e gemidos de dor que a filha sentia...

 

A esposa com medo dele, viu do que se tratava e consegue ajuda dos policiais, que conseguiram  impedir com que Sebastião concretizasse o ato sexual.

 

Ele chega a ser preso, porém liberado alguns dias depois.

 

A família que ele constituiu volta para São Paulo. Angelina passa a criar os filhos sozinha. E cortam vínculo completo com Sebastião.

 


 

Bem como os irmãos que passaram a considera-lo um homem perigoso, não o acolhiam mais em suas casas.  

 

Sem rumo ele passa por diversas cidades desde o norte de São Paulo até Goiás e Mato Grosso.

 

Até que volta pra São Paulo e mora por dois meses em um asilo na cidade de Cosmópolis, onde conhece um mulher chamada Rosa, os dois permanecem juntos por 15 dias no local, vivendo suas relações.

 

Depois o casal vagueia por Nazaré Paulista, Itaquaquecetuba, Amparo, Mogi Mirim, Casa Branca, Tupã até Lucélia onde ele abandona a mulher. Sebastião vai parar em Adamantina, em 1963.

 

Onde lá, mais uma vez estupra uma criança. Ele é preso e condenado pelo juiz local, depois transferido ao Manicômio Judiciário, permanecendo ali por oito meses.

 

Até que é novamente enviado a Franco da Rocha, permanecendo no hospital-presídio por mais dois anos.

 

Quando em 1969 é enviado para regime fechado na Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté.

 

Lá ele é classificado como 'bio-criminoso puro, ou  com especialidade sexopata'.

 

Permaneceu internado naquela instituição por quatro anos. Até que é posto em liberdade vigiada em no dia 24 fevereiro de 1973.

 

O que nunca aconteceu nada de vigiar esse homem, que nunca nem devia ter saído do manicômio. JAMAIS!

 

Com liberdade aos 56 anos de idade, Sebastião Antônio acaba por retornar para a região bragantina, onde passa a viver de esmolas.

 

Para conseguir dinheiro ele sujava a cicatriz na barriga com mercúrio dizendo para todos que passavam que ele precisava de ajuda para se tratar.  E assim ele conseguia dinheiro.

 


Em Agosto de 1974 vai para Monte Alegre do Sul, para morar com seu irmão Nicanor, que tinha pena do irmão porque sabia que desde criança ele tinha problemas psiquiátricos.

Mas passado três meses Sebastião volta a Bragança Paulista, ficando debaixo da ponte e depois em uma casa abandonada nos limites da cidade.

 

No fim daquele ano onde o feriado entre natal e 1 do ano é comemorado por todos ocorreu o verdadeiro terror na cidade.

 

No dia 26 de dezembro de 1974, Sebastião sequestrou, uma menina, levou para um local afastado, esganou a menina o que levou a mesma a óbito, ele por sua vez entrou no clímax sexual.

 

A menina Janete Dalcim de 7 anos, sem vida teve sua cabeça raspada por uma faca, onde posteriormente Sebastião se apossava do corpo da vítima.

 

Quando acabou o ato, ficava olhando aquele corpo sem vida passando a corta-lo, nesse corte ele comeu pedaço do corpo.

 

Encerrado tudo isso, deixou a criança ali mesmo naquele local distante, sem enterrar, sem nada.  

 

A família sentiu falta da pequena Janete, mas ninguém a encontrava, assim buscaram as autoridades dando a menina por desaparecida.

 

Dia 29 de Dezembro, em outro bairro de Bragança, Sebastião atrai um menino chamado Valdir de 8 anos. Leva o guri para um local ermo. Com ele comete as mesmas coisas que fez com a vítima anterior.

 

O menino Valdir foi dado como desaparecido.

 

E no dia 01 de janeiro em outra localidade de Bragança, o monstro seduz duas irmãzinhas a Ana de 7 anos e a Rosângela Gonçalves de 6 anos.

 


Seguindo o mesmo rito de levar as meninas para longe, por incrível que pareça, ninguém viu as irmãs com o homem seguindo aquele rumo distante.

 

Chegado no local, ele acaba com a vida das duas por esganadura, possui de seus corpos desfalecidos, raspa suas cabeças e as corta, chegando a comer parte do fígado de uma delas.

 

A família das meninas registrou por sua vez o desaparecimento.

 

Como era fim de ano, data comemorativa, a cidade de Bragança, não possuía pessoal qualificado para lidar com este tipo de ocorrência policial, pois estavam em desfalque de quadro de funcionários.

 

O Dr. Luís Lasserre Gomes, começou a trabalhar nas investigações do caso, e na elaboração de um perfil de ação que pudesse traçar o perfil da crianças.

 

A princípio, verificou o delegado que as crianças não possuíam nenhum parentesco ou afinidade entre si, o que eliminava as chances de uma fuga coletiva;

 

Observou que todas as crianças desaparecidas eram de famílias de baixa renda, não poderia ser um sequestro para fins lucrativos.

 

Levantou ele a hipótese de rapto fins de tráfico de crianças, ou as crianças foram vítimas de algum maníaco.

 

Chegou a cogitar que grupos de ciganos que estavam acampados ao arredores da cidade pudessem estar envolvidos no caso.

 

Os policiais chegaram a irem até esses acampamentos, pegaram as crianças que tinham as idades variadas das desaparecidas, mostraram para os pais das vítimas e sem sucesso.

 

Nenhuma daquelas eram as crianças procuradas.

 

Chegaram a procurar crianças abandonadas no centro da capital, pensando que talvez alguém tivesse raptadas as vítimas para colocarem em trabalho escravo pedindo esmolas.

 

Na segunda semana de janeiro, o delegado Lasserre, pediu ajuda à Secretaria de Segurança de São Paulo, para enviar recurso investigativo.

 

Enquanto isso a população bragantina, em pânico, já passava a

trancafiar seus filhos dentro de casa em período de férias.

 


Os jornais publicavam o desaparecimento e a demora de explicações por parte da polícia a população.

 

Em desespero qualquer aparição diferente ou suspeita a população denunciava, o que levou uma série de denúncias sem fundamento, baseadas na crendice popular.

 

Indivíduos eram detidos e depois liberados, pois tinham álibis convincentes.

 

O Secretário de Segurança, Coronel Erasmo Dias conhecido por comandar a invasão da PUC-SP no ano de 1977 passou a comandar

pessoalmente as operações.

 

Dezenas de policiais militares foram enviados à cidade para cooperarem no serviço de busca, em cooperação com o Corpo de Bombeiros e Polícia Civil.

 

Bem como uma equipe de uma dezena de investigadores.

 

Cidades vizinhas como Amparo e Jundiaí, bem como Bragança, tiveram as saídas fechadas por policiais, que revistavam os veículos e

ônibus que deixassem a região.

 

Policiais de Minas Gerais também auxiliaram no serviço de busca, vasculharam matas da região Sul do estado, verificaram orfanatos e institutos de recolhimentos de menores.

 


Mas o desfecho de deu dia 14 de Janeiro, onde dois menores compareceram à delegacia.

 

Jair Godoy e José Arruda, que contaram aos policiais sobre um indivíduo que se aproximou deles, convidando-os a procurarem ervas medicinais em uma mata próxima, para tratamentos de saúde de seus

próprios parentes, que estariam doentes.

 

Os dois guris foram ajudar o tal homem, os três se dirigiram a um local ermo, onde o tal indivíduo ordenou que se deitassem no chão, e sacou de um facão.

 

Jair e José conseguiram fugir e avisaram suas famílias, que entraram em contato com a polícia.

 

Foi de todas a características passadas a polícia foi possível fazer o retrato falado do suspeito. Que passou a ser divulgado em toda Bragança Paulista.

 

Os populares vendo o retrato falado lembraram de um homem chamado Sebastião orelhudo, que estava na região de Bragança dias atrás com uma enorme cicatriz no abdômen pedindo esmolas.

 

Não demora muito para eu mais informações cheguem a polícia de que tal homem estaria foragido na cidade de Amparo.

 

Assim no dia 17 de janeiro policiais de toda a região dirigiram-se ao local, onde conseguiram capturá-lo enquanto ele andava tranquilamente no centro da cidade.

Detido, prontamente ele confessou que havia raptado os menores e os matou.

 

Questionado o motivo para cometer tanta maldade contra as crianças ele alegou que ouvia vozes do mal e que o Diabo o ordenava que matasse as crianças.

 

Relatou também ter praticado canibalismo, consumindo partes de seus corpos ainda no local dos crimes.

 


No dia seguinte, dia 18 de janeiro ele vai junto com a polícia mostrar onde havia ocultado os corpos, foi assim que encontraram os quatro cadáveres em estado de decomposição.

 

Os pais e comunidade que tinham a esperança de ter as crianças devolvidas, ficaram extremamente revoltados assim que sabem que o homem cometeu tal ato.

 

Assim que os populares tomam conhecimento do local onde o criminoso se localizava, tentaram invadir a delegacia e linchá-lo, queriam fazer justiça com as próprias mãos a todo custo.

 

Depois da declaração da polícia sobre como ele havia feito o crime Sebastião o Orelhudo como o chamavam passou a ser denominado pela população como o Monstro de Bragança.

Os militares impediram que a população adentrasse a delegacia.  Veículos de imprensa, dirigiram-se a Bragança para a cobertura do ocorrido.

 

Os corpos das quatro crianças foram necropsiados na faculdade de

medicina da cidade, onde populares tentaram invadir a sala de necrópsia para ver os cadáveres.

 

Sendo necessário a forma militar para impedi-los.

 

O laudo da causa mortis comum a todos foi a de homicídio por asfixia, provocada por esganadura.

 

18 de Janeiro de 1975 ocorreu sepultamento das crianças foi imensamente triste e angustiante.

 

Além do ocorrido, as famílias eram carentes e não tiveram condições de fazer velório, foram sepultadas em cova rasa.

 

A multidão reunida protestou por tal medida, o que foi cedido aos familiares foram apenas 30 minutos para se despedir.

 

A Aparecida Gonçalves, mãe das irmãs Ana e Rosângela, não suportou a crueza das cenas ao ver as filhas no caixão passou mal e desmaiou, chegando a ser socorrida à Santa Casa local.

 

A dona Pascoalina Dalcim, mãe da Janete, tinha crises terríveis ao saber do ocorrido com a filha que nem conseguiu ir ao sepultamento.

 

Por fim, Cacilda Cardoso, mãe de Valdir, pedia aos prantos que lhe permitissem abrir o caixão e ver o rosto de seu filho pela última vez.

 

Mas foi impedida pelos policiais militares, pois de fato o corpo do menino estava irreconhecível.

 

Assim às 17 horas, baixaram à terra as quatro crianças. Que de longe se ouvia gritos dos familiares e choros em total desespero. A dor da família abalava a todos.

 

Dias após sua prisão, ele foi levado para reconstituir os crimes, deu maiores detalhes sobre os atos que havia praticado.

 

Afirmou que uma voz, que ele chamou de ‘maligna’, lhe dava as instruções do que fazer. Algumas vezes, a voz lhe dizia para apenas matar. Outra vez, em instintos de canibalismo, para que experimentasse o fígado de uma menina.

 

Em nenhum momento, porém, ele demonstrou arrependimento pelos atos que havia praticado.

 

Sebastião, corria risco de morte pelos próprios presos da Cadeia Pública local, por isso foi preciso transferir para Campinas, para a população não matar ele...

Foi preciso mais de 50 policiais armados escoltando Sebastião até o Presídio de Campinas.

 

Lá foi colocado sob isolamento dos demais detentos na Cadeia Pública de Campinas.

 

Sebastião aguardava julgamento em Campinas quando os detentos queriam a todo jeito dar fim no monstro de Bragança. O que obrigou o estado mais uma vez transferi-lo, dessa vez para Atibaia.

 

Após a justiça atender a um pedido de seu advogado de defesa, foi transferido pela terceira vez para o Hospital Penal de Franco da Rocha.

 

O Juiz João Batista Lopes, enviou nos meses de julho, agosto e novembro de 1975 pedidos de resultados de laudos quanto a sanidade mental do acusado, isso para decidir se o mesmo seria capaz a passar por julgamento.

 

Em 07 de Janeiro de 1976, às 11 horas e 30 minutos, Sebastião é encontrado morto em sua cela, tendo se suicidado por enforcamento, enrolando um lençol nas barras de proteção de uma janela. Se foi suicídio realmente não se sabe...

O filho José foi informado da morte do pai dois meses depois do óbito.

 


Por fim, o juiz de direito de Bragança deu por concluído o caso dia 03 de maio de 1976.

Enquanto as crianças vítimas do Monstro de Bragança estão sepultadas no Cemitério Municipal da Saudade, onde tornou ponto de peregrinação popular.

 

Atualmente o local possui um tumulo onde estão as 4 crianças, são de azulejos azuis e possui algumas plaquinhas em agradecimento aos milagres recebidos.

 

Algumas pessoas atribuem milagres às crianças e deixam ofertas em agradecimento às graças alcançadas.

 

Esse foi o resultado de uma pessoa que nunca deveria ter saído da prisão. Em muitos casos não existe recuperação, esse homem veio de uma família sem condições, na época era muito difícil conseguir recurso.

 

As crianças por sua vez também vítimas de um monstro e até hoje são. Não tem lugar seguro, nem mesmo nas escolas.

 

Todo fim de ano o índice de desaparecimento de crianças aumenta, pois é um período significativo pra esses verdadeiros monstros, que geralmente já vem com problema desde criança.

 

Referências:

ALMEIDA, José Tadeu. CRIME E CASTIGO NO INTERIOR DE SÃO PAULO: O MONSTRO DE BRAGANÇA E A AÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO NA DÉCADA DE 1970. Anais do XXI Encontro Estadual de História –ANPUH-SP - Campinas, setembro, 2012.


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